Para se construir cenários, marcas, disputar mercados, posicionar produtos no ponto de vendas, ROI, etc., leva tempo.
Veja, hoje a moda é empreender, porém empreender é uma etapa, empreender está ligado a intermediar, apesar das palavras serem similares, não se trata da mesma ação. Enquanto a ação de empreender está ligada a unir compradores a de “empresariar” está em descobrir, aplicar os meios. Em uma tradução espanhola a empresa é ação árdua e difícil que se inicia valorosamente. Poderia concluir que o empreendedor é um estrategista, une produtos, serviços e o mercado potencial comprador, já o empresário é tático. O sucesso depende de uma excelente estratégia, mas principalmente de táticas para atingir o objetivo. O sucesso depende de pessoas trabalhando complementarmente juntas, bem preparadas, bem treinadas e na mesma direção.
Portanto não há como Colher sem Plantar !
É um ciclo que precisa ser cumprido, perceba: depois de semeado é necessário acompanhar (regar), planejar, observar, aguardar as estações e só depois colher, tem mais, agora é preciso posicionar, vislumbrar a marca, investir tempo, trabalho e mais uma série de ações e Vender.
E vender?
É uma ação de mão dupla, é preciso estar consciente que todos envolvidos com o mercado, com a vida, compram e vendem.
Imagine que você, sua empresa, passou por todo esse ciclo, maturou seu produto, seu serviço e na hora de vender sente um grande acanhamento em mostrar seu resultado a um comprador.
Essa situação acontece, infelizmente, por uma mentalidade, uma cultura, de que o vendedor precisa ser resiliente, muito bem treinado, perspicaz, persuasivo, estudar Dale Carnegie, Plutarco e tantas outras qualidades amplamente difundidas (e claro é sempre importante adquirir conhecimento e ferramentas) e fazer de tudo para agradar seu possível cliente.
Mas, te pergunto, não estamos todos no mesmo ciclo de negócios?
Portanto se estou vendendo algo é sinal que meu produto ou serviço entrarão no ciclo dessa empresa que no final será usado no resultado final, no fruto, que também ter que ser vendido.
Qual seria então o sentido de compradores (algumas vezes orientados) em criar barreiras, ambientes hostis, impontualidade, objeções, uma vez que eles precisam desses produtos?
O objetivo da relação comercial é que os dois saiam satisfeitos não é?
Negociar sim é a parte sadia, entender os melhores preços, prazos ou considerações para aquele negócio, o que estiver fora disso pode e muitas vezes deve ser considerado falta de educação (atrasos longos, ambiente hostil, assédio moral) e não devemos compactuar com esse estado em detrimento de “fechar um negócio” e nesse caso o “cliente não tem razão”.
Quanto mais todos tomarmos consciência que vender é parte importantíssima para todos e que é via de mão dupla, mais nos beneficiaremos e menos tempo perdemos para fazer o que mais importa: Viver Bem!