Esses italianos, mais precisamente da família Bertoli iniciam em 1905 a sua produção e mantém até os dias de hoje.
A ideia sempre foi manter os hábitos de consumo desses imigrantes europeus, assim também se deu no Sul do Brasil. A cidade de Andrada realiza todos os anos sua festa da uva e brinda seus participantes com os vinhos e delicias da região mineira.
Lembro que um amigo andradense dizia que o povo local se orgulhava muito de um vinho que por lá se produz feito com a uva Jaquê (quase extinta no resto do mundo e ainda proibido na França), utilizada nos vinhos da madeira e pelo mesmo motivo foi criado o vinho “nau sem rumo” tipo madeira, em duas versões seco e doce.
Hoje em dia, como a própria história mineira, repleta de inconfidências histórias, não fez da sua histórica produtora de vinhos a mais importante. O vinho que mais ganha notoriedade para expressar o “terroir” mineiro não veio de Andrada, mas da região onde nasceu o rei do futebol, a cidade de Três Corações. Com seu vinho Syrah Primeira Estrada, da vinícola Estrada Real o consumidor pode conhecer um belo vinho fino desse gigante estado.
Esse vinho inaugurou também uma técnica chamada de colheita invertida, quando ocorre uma dupla poda e a uva é colhida durante o outono e Inverno e não mais entre a primavera e o verão (procedimento habitual em todo mundo). Essa mesma técnica é utilizada pelos vinhos Luiz Porto (citados aqui anteriormente) e que também são da mesma região.
O fato é que esses inovadores mineiros, vanguarda da história devem criar ainda mais para nós brasileiros e nos brindar em breve com suas belas e prazerosas novidades.