O vinho verde foi uma dessas surpresas que descobri décadas atrás. Acompanhei um grande produtor desse vinho, aliás, um doce de pessoa o Sr. Acácio, que me trouxe um vinho tinto bem diferente. Adorei! Um tinto verde, leve ligeiramente frisante, refrescante com muitas possibilidades de harmonização.
Na sua região, em Portugal ele é chamado de “vinho verde” pelo sentido oposto ao “vinho maduro”, por outro lado alguns creditam o nome a região, dizem que ao chegar do alto o que se via era um “mar verde” no sentido da coloração das plantações. Explicitando, costumo dizer que esse é o vinho da região verde de Portugal. É um lugar que está sempre verde. Chove muito, uma região fresca, sempre verde. Outra explicação é que em Portugal havia o hábito de se beber apenas vinho maduro. Como o Verde é para ser bebido jovem, criou-se a expressão. Mas é difícil explicar a origem, principalmente quando o assunto é o tinto.
No Minho (principal região) se consegue brancos muito típicos, únicos em seu estilo. Leves, frutados e refrescantes, de ótima acidez, que alcançam um toque de classe quando elaborados por um produtor talentoso. Apesar do nome (verde), os melhores vinhos verdes são elaborados com uvas perfeitamente maduras.
O branco vai muito bem com refeições leves como mariscos, peixes grelhados e o bacalhau. Já o tinto com bacalhau, cabrito, sardinha, feijoada, comida pesada com gordura e apimentada.
O melhor ainda é que esses vinhos são encontrados a preços acessíveis e mesmo os melhores dificilmente se afastam do R$ 100.