
Esse meu sentimento vem fundamentado pela participação e observação efetiva.
Fazia algum tempo que não participava diretamente de uma feira, mas esse ano estive muito próximo do público por dias seguidos, assim pude sentir como o consumidor vem se comportando.
O lado masculino continua pouco alterado, mas já há uma aceitação de vinhos mais leves e até ligeiramente doces, além dos espumantes que geram muito mais interesse que tempos atrás. Já as mulheres, essa parte sim vem mudando muito.
Creio que não podemos mais afirmar “esse é um vinho para mulheres”, apesar de ainda ter muitas mulheres que gostam dos “docinhos” muitas já se definem como amantes dos vinhos corpulentos, com bela acidez e taninos rigorosos. Há algum tempo já detectávamos que cerca de 50% da escolha dos vinhos cabiam às mulheres, me parece que esse número tinha muito a ver com a compra, onde a mulher era passiva na escolha, participando mais da compra em si. Hoje creio que esse número espelha efetivamente a escolha.
Percebi casos em que o homem buscava os vinhos jovens e frutados enquanto as mulheres os densos e encorpados, bem significativo quando pensamos justamente nesse avanço. Outro fato importante é que temos muito mais vinhos de boa qualidade na faixa de até R$ 50,00.