De fato o vinho do Porto é marcado por belas histórias que encontram sempre a dureza do trabalho e a recompensa de ouro.
Os vinhos quando chegaram tinham mudado suas características e agradado muito o gosto inglês. Esse fato marcou a produção local e os agricultores deixaram suas roças para se dedicar à produção do vinho, que embarcava do porto do Douro (por isso vinho do Porto) para Inglaterra, provocando uma elevada produção, sem nenhum controle de qualidade. Essa alta produção, sem qualidade, enfraqueceu o grande sucesso e mais uma vez a dificuldade fez nascer ouro. Para corrigir o problema a corte portuguesa incumbiu seu primeiro ministro, o Marques de Pombal, e ele então decidiu criar normas de produção e controle. Com suas atitudes a região do Douro foi a primeira região do mundo na história a criar uma zona demarcada de produção, tal qual se faz anos mais tarde na França, em Bordeaux.
Quem visita o Douro é invadido por sua história, pela presença significativa de ingleses e por uma simpatia sem igual. São hospitaleiros e generosos, impossível serem diferentes. Não é difícil entender, ao chegar você se perde em tanta beleza natural. Uma região de vinhedos, por todo lado, ou melhor, desde as margens do Rio Douro, até o mais alto das colinas encontramos o verde das vinhas típicas da região, onde são feitos os belos vinhos secos, encorpados e com muita longevidade e o exuberante Vinho (fortificado) do Porto.
Por falar em visita, quem for à região não deixe de reservar um bom tempo para conhecer o museu do vinho do porto da Sandeman, vinícola bem tradicional e que trata o enoturista com muito respeito e por um preço muito especial, que ainda inclui uma grata degustação.
A dica: Aproveite o frio que vem da serra para uma bela fondue de chocolate acompanhado por um vinho do porto, ruby ou preferencialmente um LBV (Late Bottled Vintage), os safrados com maior presença de frutas e paladar propício para o chocolate envolto nas frutas.